Ciclo de Palestras – Primeiro Semestre de 2012
As palestras ocorreram no Auditório do Laboratório de Sistemas Estocásticos (LSE), sala I-044b, as 15:30 h, a menos de algumas exceções devidamente indicadas.
Lista completa (palestras previstas para datas futuras podem sofrer alterações)
Estudamos uma modificação deste processo, na rede quadrada, onde o aglomerado congela quando seu diâmetro atinge o valor N. Mostramos que no limite quando N tende ao infinito a probabilidade da origem estar ainda ativa é estritamente positiva. Trabalho conjunto com J. van den Berg (CWI, Amsterdã) e Pierre Nolin (ETH, Zurique).
Noise sensitivity in percolation
Robert Morris (IMPA)
Suppose that in a close election, a small (random) proportion of the votes are accidentally miscounted; is this random `noise’ likely to change the outcome of the election? It turns out that the answer to this question depends in interesting ways on the rule (i.e., the Boolean function f) by which the winner is selected. To take three simple examples, the answer is “no” if the function f is `majority’ or `dictator’, but “yes” if it is `parity’. The systematic study of this problem was begun in 1999 by Benjamini, Kalai and Schramm, who gave a sufficient condition (based on the discrete Fourier coefficients of f) for the answer to be “yes”, and used this result to prove that bond percolation on Z² is noise sensitive at criticality. More precisely, suppose that we perform critical (i.e., p = 1/2) bond percolation on Z², observe that there is a horizontal crossing of a particular n x n square, and then re-randomize each edge with probability epsilon > 0. Then the probability of having a horizontal crossing in the new configuration is close to 1/2. In this talk we consider the corresponding question for continuum percolation, and in particular for the Poisson Boolean model (also known as the Gilbert disc model). Let eta be a Poisson process of density lambda in the plane, and connect two points of eta by an edge if they are at distance at most 1. We prove that, at criticality, the event that there is a crossing of an n x n square is noise sensitive. The proof is based on two extremely general tools: a version of the BKS Theorem for product measure, and a new extremal result on hypergraphs. This is joint work with Daniel Ahlberg, Erik Broman and Simon Griffiths.
O fantástico computador quântico de dois q-bits: aplicações utilizando ressonância magnética nuclear
Ivan S. Oliveira (CBPF)
A Computação Quântica, ou mais genericamente, o Processamento da Informação Quântica, surgiu como uma área da física teórica no início dos anos 1980. A partir de 1994, com a descoberta do algoritmo de fatoração de Shor um grande número de pesquisadores foram atraídos para esta área, e e em 1997, a Ressonância Magnética Nuclear (RMN) despontou como uma das técnicas experimentais mais promissoras para a implementação de protocolos de computação e comunicação quânticos. Logo se percebeu, contudo, que o chamado problema do escalonamento, seria muito difícil de ser superado por qualquer técnica experimental em vigor, em particular a RMN. Os trabalhos então se concentraram em aspectos básicos do processamento da informação quântica em sistemas com um número pequeno de q-bits, a unidade de informação quântica. A RMN encontrou aí um nicho extraordinário para estudos fundamentais sobre emaranhamento, simulação de sistemas quânticos, e descoerência. Neste colóquio vamos apresentar os fundamentos do Processamento da Informação Quântica por RMN, com vários exemplos de estudos em um sistema com apenas 2 q-bits de informação, o mais simples de todos: a molécula do clorofórmio. Ênfase será dada aos trabalhos feitos pelo Grupo de Informação Quântica por RMN do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.
Férmions ultra-frios em redes óticas
Thereza C. L. Paiva (IF-UFRJ)
A habilidade de aprisionar átomos bosônicos e fermiônicos em redes óticas, cujo potencial cristalino é gerado por lasers anti-propagantes, a temperaturas ultra baixas, deu início a uma nova área de pesquisa, na fronteira entre a Física da Matéria Condensada, a Física Atômica e a Ótica. Ao contrário do que acontece nos sistemas de Matéria Condensada, nas redes óticas há um grande controle sobre os parâmetros envolvidos: as interações entre os átomos são controladas através de um campo magnético, podendo ser atrativas ou repulsivas, o potencial químico é facilmente controlável e não há desordem. Com isso, um novo desenvolvimento nesta área é a possibilidade de realizar em laboratório modelos para férmions fortemente correlacionados, dentre os quais o mais estudado é o modelo de Hubbard. Atualmente, o principal desafio nesta área é conseguir o resfriamento necessário para observar fases ordenadas, como antiferromagnetismo, supercondutividade ou superfluidez. Neste colóquio vou discutir os avanços experimentais e teóricos mais recentes nesta área.
Modelos de crescimento e interfaces de competição
Leandro R. Pimentel (IM-UFRJ)
Nesta palestra faremos uma viagem pela teoria de modelos de crescimento percolativos e suas interfaces de competição. Veremos resultados clássicos, como o teorema da forma, bem como resultados recentes sobre a forma da interface de competição, além de problemas fundamentais que ainda estão em aberto.